sexta-feira, 3 de julho de 2009

Por que temos ídolos?


Um fato aconteceu e a imprensa noticiou:

“Morre aos 50 anos o ídolo pop Michael Jackson”


Michael foi um ser que marcou uma época, revolucionou a música popular americana e com isso influenciou o mundo já que os EUA é a grande potencia mundial e revolucionou a dança. Sabemos da importância que teve, mas, o que leva uma pessoa colocar sua vida na dependência deste ser mortal?

A idolatria não é um problema atual, o povo de Israel ao longo da sua jornada pelo deserto construiu vários ídolos para si, mas por que isso? A igreja católica introduziu as imagens apenas por cunho didático e hoje as pessoas colocam suas vidas nelas, por que isso?

Encontrei em Schopenhauer a resposta:


“Quanto a esse tema, Schopenhauer coloca que viver é sofrer, pois a vontade é infinita e jamais saciada, ao que se acrescenta que a base de todo querer é uma falta, uma indigência. Desse modo, o homem sendo a mais perfeita objetivação da vontade, é também o mais necessitante, sendo que sua vida oscila entre a dor e o fastio. Nesse sentido, é o desejo de viver que mantém o homem ocupado, para matar o tempo, de modo que o tédio se transforma em fator de sociabilidade.

Frente a isso, Schopenhauer coloca que por necessitar da dor para viver, cada ser possui o sofrimento de que precisa para tanto, ainda que não reconheça este fato. Esse não reconhecimento faz com que o homem aponte para motivos ou para circunstâncias exteriores a si para justificar o seu sofrer.

Pelo mesmo motivo, o homem elege ídolos de toda a espécie a quem possa servir. E ilude-se, pela última vez, na medida em que atribui a suspensão da sua dor por uma alegria que lhe seja exterior.”[1]


Sim é por não terem uma alegria interior é que estas pessoas constroem seus ídolos para poderem viver, assim se ancoram neles e continuem sua medíocre vida.

Vemos hoje, com um cristianismo superficial milhares de pessoas estarem dependentes de Igreja, de pastor para serem felizes?

Por que?

Porque estes não são capazes de sentir e nem reconhecer a grandeza de Deus fora dos contatos destes. Parece que Deus está preso, trancado nos discursos que ressoam pelas paredes das igrejas-pastores e por isso os ídolos crescem, pastores(as), bispos (os), apóstolos, missionários e ministros ficam milionários e o cristianismo empobrecido. É por isso que não fazemos a diferença em nosso pais, nossas cidades cada vez mais violentas, até mesmo em lugares que possuem evangélicos como a maioria da população. O que devemos fazer?

- Libertar Deus e dizer ao mundo que Ele habita em nós.

Quando isso acontecer não precisaremos mais de ídolos pois a graça dEle nos bastará.



[1] Sandra Portella Montardo A vontade de Schopenhauer a Nietzsche: um impulso para duas transcendênciashttp://bocc.ubi.pt/pag/montardo-sandra-schopenhauer-nietzsche.pdf

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